GRANDES VINHOS: Chateau Léoville-Las Cases 1982 e La Rioja Alta Gran Reserva 890 1995

Primeira degustação do ano, com um magnífico painel: Chateau Léoville-Las Cases 1982, La Rioja Alta Gran Reserva 890 1995, Chateau Cos d'Estournel 2002, Pio Cesare Barbaresco 1992...

Mas de Cadenet Vin Cuit de Provence: UM VINHO COZIDO!

A vinícola Mas de Cadenet fica localizada na Provence, com suas vinhas em terrenos secos e pedregosos ao sul do maciço de Sainte-Victoire, região com grande amplitude térmica e bastante vento, que protege...

GRANDES VINHOS: Chateau Cos d'Estournel 2002 e Pio Cesare Barbaresco 1992

Dando continuidade ao post da semana passada, comento hoje sobre outros dois vinhos incríveis: Chateau Cos d'Estournel 2002 e Pio Cesare Barbaresco 1992...

ESVAZIANDO A ADEGA: CABERNET SAUVIGNONS 2002

Realizada no último sábado, dia 11 de fevereiro, no restaurante Extravirgem, a primeira degustação “Esvaziando a Adega” de 2012! Os vinhos foram generosamente cedidos...

Quinta do Crasto Reserva Vinhas Velhas 2003

Situada na margem direita do Rio Douro, entre a Régua e o Pinhão, a Quinta do Crasto é uma propriedade com cerca de 130 hectares, dos quais, 70 são ocupados por vinhas...

26 de dez. de 2011

Lhéngua Mirandesa Branco 2008

Você sabia que Portugal tem uma segunda língua oficial? Chama-se Língua Mirandesa (Lhéngua Mirandesa) e é ela que batiza o vinho deste post, produzido pela Cooperativa Agrícola Ribadouro em Sendim.


A Lhéngua Mirandesa:

A Língua Mirandesa, ao contrário do que muitos pensam, não é uma mistura do Português com o Castelhano. Esta descende directamente do latim popular, tal como as anteriores, sendo um dos ramos do Leonês, mas por ter ficado isolada evoluiu de uma forma diferente.
O mirandês era inicialmente uma língua oral, principalmente falada no trato diário e no comércio local, por lavradores, boieiros e pastores. Marcada por uma grande rusticidade, esta língua é sobretudo uma língua do trabalho, do campo, do lar e do amor entre os Mirandeses.
Nos anos 80 foi criada, nas escolas do 2ºciclo do ensino básico, de Miranda do Douro e de Sendim, uma disciplina opcional de Língua Mirandesa, para incentivar a população a não deixar de falar o Mirandês, sobretudo as camadas mais jovens, de modo a que se abandonasse a ideia de que esta forma de comunicação era sinal de incultura.
Esta língua começou por ser um dialecto, que nos finais dos anos 90 foi elevada a segunda língua nacional de Portugal.
“Reconhecimento oficial dos direitos linguísticos da Comunidade Mirandesa”, Lei da Assembleia da República nº7/99 de 29 de Janeiro, Diário da República, I SérieA, nº24 de 29/01/1999, p. 544.
A partir da elevação do Mirandês a segunda língua nacional criou-se uma Convenção Ortográfica e publicaram-se várias obras em Mirandês incluindo um Dicionário Mirandês/Português, sendo a mais recente um dos livros da colecção Asterix. Colocaram-se pelo concelho de Miranda várias placas toponímicas em Mirandês. Igualmente dentro do Centro histórico da Cidade foram colocadas placas toponímicas em todas as ruas e monumentos quer históricos, religiosos e notáveis.

Fonte: http://mirandadodouro.jfreguesia.com



A seguir, imagem do contra-rótulo, com pequeno texto em Língua Mirandesa e sua tradução para o Português.


DOC Trás-os-Montes:


Segundo alguns investigadores, a cultura da vinha na região de Trás-os-Montes remonta ao tempo dos romanos.
Os solos, de feição planáltica, são formados predominantemente por xistos pré-câmbricos e arcaicos, com algumas manchas graníticas e, numa pequena área, manchas calcárias, de gneisses e aluvião.
As condições edafo-climáticas da região favorecem a produção de vinhos de elevada qualidade, salientando-se os VQPRD provenientes de Chaves, do Planalto Mirandês e de Valpaços, cuja designação foi reconhecida por Decreto-Lei em Outubro de 1989.
Dada a importância que têm vindo a assumir os vinhos provenientes desta grande região vitivinícola, quer do ponto de vista tecnológico, quer a nível econômico, foi reconhecida em 9 de Novembro de 2006 a Denominação de Origem Trás-os-Montes, bem como as suas sub-regiões "Chaves", "Planalto Mirandês" e "Valpaços", alargando-se esta designação a uma maior variedade de vinhos e outros produtos do sector vitivinícola, designadamente a vinhos espumante e vinho licoroso, bem como a aguardentes bagaceira e de vinho ali produzidos.

O Vinho: Cor palha esverdeada, bem clara. Delicado aroma floral e de frutas brancas. Leve na boca, com boa acidez e mineralidade. É um vinho simples, porém bem feito, destinado para o dia-a-dia. Se não me engano, custa menos de 3 euros com o produtor.

19 de dez. de 2011

Vinhos e Filmes Através dos Anos – De Hitchcock a Bottle Shock - 1

Levar uma garrafa do seu vinho preferido em uma sala de cinema  não parece ser uma boa ideia, não da para “pagar a taxa de rolha” e ir entrando. Contudo o problema pode ser resolvido com uma reprise na televisão ou um pulo na locadora mais próxima. E quais filmes combinam com vinho? – Ora, aqueles em que ele é parte fundamental da trama!


O primeiro Filme da série intitulada “Vinhos e Filmes Através dos Anos – De Hitchcock a Bottle Shock” é um clássico:

Notorious (1946):

Título em Português: Interlúdio
Direção: Alfred Hitchcock
Atores: Cary Grant, Ingrid Bergman, Claude Rains, Louis Calhern

Sinopse: Após seu pai alemão ser condenado como espião, uma jovem mulher (Ingrid Bergman) passa a se refugiar em bebida e homens. É assim que se aproxima de um agente do governo (Cary Grant), que pergunta se ela concorda em ser uma espiã americana no Rio de Janeiro, onde nazistas amigos do pai dela estão operando. Ela acaba se casando com um espião nazista, mas se apaixona pelo seu contato no governo americano.

O mestre do suspense escondeu a peça chave do mistério em uma garrafa de Pommard 1934, derrubada acidentalmente por Cary Grant. A seguir, a cena:





17 de dez. de 2011

Sileni Pinot Noir Cellar Selection 2009

A Nova Zelândia vem, ao longo dos anos, se destacando como um dos países do Novo Mundo que produz os melhores exemplares desta caprichosa uva fora da Borgonha. Cultivada tanto na ilha sul, com o clima mais frio e recomendado para a Pinot Noir, salientando-se a região de Central Otago, considerada a melhor do país para a variedade, o exemplar degustado neste caso era de Hawke’s Bay, região localizada na costa leste da ilha norte, o que pode ter contribuído para uma leve nota doce/marmelada no vinho.


O Vinho: Cor típica de Pinot Noir, rubi translúcido. No nariz, morango, cereja e leve nota terrosa. Na boca, apresentava frutas vermelhas, especiarias, e a nota doce, de geléia, mencionada anteriormente, que acabou balanceada por uma acidez elevada, com final de boca médio-curto.

É um bom vinho, que entrega características da casta. Custa uns R$ 70 reais, meio caro, (achar algum PN bom e barato é tarefa impossível aqui no Brasil!) entretanto, nessa faixa de preço, é uma boa opção da variedade no Novo Mundo.

13 de dez. de 2011

Bodegas López de Heredia: Um Grande Tesouro do Mundo do Vinho! (Viña Bosconia 1976)

História
Durante o final do século XIX, os vinhos da região de Rioja passaram a desfrutar de grande fama internacional e sua demanda não parava de aumentar, o motivo, ou melhor, a culpada? - Atendia pelo nome de Dactylosphaera vitifoliae, também conhecida como Phylloxera.

Enquanto plantações na França, Portugal e em algumas partes da Espanha definhavam por causa do minúsculo inseto, Rioja permaneceu intocada por quase 40 anos. Foi no início desse período, em busca de um local ainda não atacado pela praga, que diversos vinhateiros franceses se instalaram na região, trazendo na bagagem conhecimento, experiência e dinheiro. Essa combinação proporcionou um ambiente perfeito para o surgimento de novas Bodegas e contribuiu substancialmente para o aprimoramento das técnicas utilizadas pelos produtores locais. 


Tradição
Em 1877, acompanhando os passos e as práticas dos franceses, Don Rafael López de Heredia y Landeta fundou, na cidade de Haro, região de Rioja Alta, sua Bodega. Ao longo de seus quase 135 anos, os padrões, técnicas e até mesmo alguns utensílios usados na produção dos vinhos permaneceram inalterados. A atual geração da família se manteve fiel à tradição e não se rendeu aos modismos impostos pelo mercado, sedento por vinhos potentes, encorpados e prontos para beber. Os López de Heredia só adotam uvas de vinhedos próprios e fermentam com leveduras indígenas, o envelhecimento em madeira percorre longos anos e são eles que fabricam e recondicionam os barris, e o engarrafamento é feito sem filtragem. Todos esses elementos combinados expressam fielmente o estilo clássico dos Riojas produzidos há mais de um século.


O Vinho: R. López de Heredia Rioja Gran Reserva Viña Bosconia 1976
Oriundo de um vinhedo chamado El Bosque, situado perto do rio Ebro, as vinhas crescem em solo argilo-calcário, ladeadas pela magnífica Sierra Cantabria. Concebido a partir de um corte 80% Tempranillo, 15% Garnacho, e o restante de Mazuelo e Graciano, o vinho é simplesmente fantástico! 


Sua cor era rubi granada com tons atijolados. Os aromas evoluíam a cada instante, no início, toques terrosos e de couro, que abriram para notas herbáceas, florais e de frutas vermelhas (cereja e morango). Paladar complexo, com alcaçuz, frutas vermelhas, cogumelos e toques minerais, corpo médio, com uma acidez e frescor impressionantes e ótima persistência.

Vinho magnífico, clássico e incomum! Adquirido no exterior, atualmente seu preço varia entre $200 e $250 dólares, sendo que safras mais recentes podem ser encontradas abaixo dos $100. Recomendo Muito!

8 de dez. de 2011

Chateau de Fontlade Cuvée Saint Qvinis Rosé 2009

Rosé produzido pelo Domaine de Fontlade, na AOC Coteaux Varois en Provence. Feito de um corte 50% Cinsaut e 50% Grenache, suas vinhas crescem em solos argilo-calcários a uma altitude aproximada de 300 metros acima do nível do mar.


Sua cor salmão era intensa e vibrante. Nariz fresco e aromático, com notas de frutas vermelhas e frutas brancas maduras. Na boca, as frutas vermelhas eram evidentes, com destaque para o morango, contando ainda com uma excelente estrutura e acidez.

Bom vinho, custa uns R$ 60 reais e é uma ótima opção para o verão!

7 de dez. de 2011

Knappstein Hand Picked Riesling Clare Valley 2007

Mais um branco Australiano, 100% Riesling da região de Clare Valley, famosa por produzir alguns dos melhores exemplares do país. De acordo com o site do produtor, os cachos são colhidos a mão e lentamente prensados e fermentados em baixas temperaturas, colaborando para preservar a pureza da fruta.



Na taça apresentou típica cor palha esverdeada. Nos aromas, frutas cítricas, notas florais, minerais e o inconfundível, polêmico e delicioso “petroláceo”, tudo muito bem integrado. Boca com acidez bem pronunciada, grande mineralidade, untuoso e de boa persistência. 

Ótimo vinho, custa por volta de R$ 70 reais e é um excelente representante da Riesling no Novo Mundo.

2 de dez. de 2011

VIDEO – FOUR SEASONS AT GUIGAL, 3ª E ÚLTIMA PARTE

No Videopost de hoje, vocês conferem a 3ª e última parte da série que documenta um ano de trabalho na magnífica propriedade dos Guigal. Para quem ainda não viu os dois primeiros posts com os vídeos, eles podem ser acessados nos links a seguir: 1ª Parte e 2ª Parte.



1 de dez. de 2011

Chateau de La Dauphine desta vez um 2004

Na semana passada falei sobre o Chateau de La Dauphine 2002 e hoje comento sobre o 2004. Os dois foram abertos exatamente um dia antes de seus respectivos posts e o curioso neste caso é a inevitável comparação das duas safras. Abaixo, novamente a avaliação do 2002 e já adianto que o 2004 estava muito superior!

Chateau de La Dauphine 2002: “De cor rubi púrpura, seus aromas estavam contidos no início, após algum tempo na taça revelaram-se frutas negras, especiarias e um toque mineral. Boca com acidez e álcool bem equilibrados, frutas negras, leve herbáceo e corpo médio.”

Não achei nenhuma tabela com as avaliações das safras de Fronsac, porem em St. Emilion e Pomerol, duas regiões próximas, 2004 leva uma ligeira vantagem e no caso do La Dauphine a diferença ficou evidente. 


Na taça o Chateau de La Dauphine 2004 tinha uma cor mais profunda e concentrada. O nariz, meio tímido no irmão mais velho, aqui deu um show: muito aromático desde o início, com toques de couro, caramelo, tostado e especiarias. Boca idem, um pouco mais encorpado, taninos redondos, complexo, com acidez e álcool perfeitos.

Como já disse no post anterior, ele custa por volta de $17 dólares no exterior, preço muito justo, ainda mais depois de provar esse 2004. Recomendo!