GRANDES VINHOS: Chateau Léoville-Las Cases 1982 e La Rioja Alta Gran Reserva 890 1995

Primeira degustação do ano, com um magnífico painel: Chateau Léoville-Las Cases 1982, La Rioja Alta Gran Reserva 890 1995, Chateau Cos d'Estournel 2002, Pio Cesare Barbaresco 1992...

Mas de Cadenet Vin Cuit de Provence: UM VINHO COZIDO!

A vinícola Mas de Cadenet fica localizada na Provence, com suas vinhas em terrenos secos e pedregosos ao sul do maciço de Sainte-Victoire, região com grande amplitude térmica e bastante vento, que protege...

GRANDES VINHOS: Chateau Cos d'Estournel 2002 e Pio Cesare Barbaresco 1992

Dando continuidade ao post da semana passada, comento hoje sobre outros dois vinhos incríveis: Chateau Cos d'Estournel 2002 e Pio Cesare Barbaresco 1992...

ESVAZIANDO A ADEGA: CABERNET SAUVIGNONS 2002

Realizada no último sábado, dia 11 de fevereiro, no restaurante Extravirgem, a primeira degustação “Esvaziando a Adega” de 2012! Os vinhos foram generosamente cedidos...

Quinta do Crasto Reserva Vinhas Velhas 2003

Situada na margem direita do Rio Douro, entre a Régua e o Pinhão, a Quinta do Crasto é uma propriedade com cerca de 130 hectares, dos quais, 70 são ocupados por vinhas...

26 de dez. de 2011

Lhéngua Mirandesa Branco 2008

Você sabia que Portugal tem uma segunda língua oficial? Chama-se Língua Mirandesa (Lhéngua Mirandesa) e é ela que batiza o vinho deste post, produzido pela Cooperativa Agrícola Ribadouro em Sendim.


A Lhéngua Mirandesa:

A Língua Mirandesa, ao contrário do que muitos pensam, não é uma mistura do Português com o Castelhano. Esta descende directamente do latim popular, tal como as anteriores, sendo um dos ramos do Leonês, mas por ter ficado isolada evoluiu de uma forma diferente.
O mirandês era inicialmente uma língua oral, principalmente falada no trato diário e no comércio local, por lavradores, boieiros e pastores. Marcada por uma grande rusticidade, esta língua é sobretudo uma língua do trabalho, do campo, do lar e do amor entre os Mirandeses.
Nos anos 80 foi criada, nas escolas do 2ºciclo do ensino básico, de Miranda do Douro e de Sendim, uma disciplina opcional de Língua Mirandesa, para incentivar a população a não deixar de falar o Mirandês, sobretudo as camadas mais jovens, de modo a que se abandonasse a ideia de que esta forma de comunicação era sinal de incultura.
Esta língua começou por ser um dialecto, que nos finais dos anos 90 foi elevada a segunda língua nacional de Portugal.
“Reconhecimento oficial dos direitos linguísticos da Comunidade Mirandesa”, Lei da Assembleia da República nº7/99 de 29 de Janeiro, Diário da República, I SérieA, nº24 de 29/01/1999, p. 544.
A partir da elevação do Mirandês a segunda língua nacional criou-se uma Convenção Ortográfica e publicaram-se várias obras em Mirandês incluindo um Dicionário Mirandês/Português, sendo a mais recente um dos livros da colecção Asterix. Colocaram-se pelo concelho de Miranda várias placas toponímicas em Mirandês. Igualmente dentro do Centro histórico da Cidade foram colocadas placas toponímicas em todas as ruas e monumentos quer históricos, religiosos e notáveis.

Fonte: http://mirandadodouro.jfreguesia.com



A seguir, imagem do contra-rótulo, com pequeno texto em Língua Mirandesa e sua tradução para o Português.


DOC Trás-os-Montes:


Segundo alguns investigadores, a cultura da vinha na região de Trás-os-Montes remonta ao tempo dos romanos.
Os solos, de feição planáltica, são formados predominantemente por xistos pré-câmbricos e arcaicos, com algumas manchas graníticas e, numa pequena área, manchas calcárias, de gneisses e aluvião.
As condições edafo-climáticas da região favorecem a produção de vinhos de elevada qualidade, salientando-se os VQPRD provenientes de Chaves, do Planalto Mirandês e de Valpaços, cuja designação foi reconhecida por Decreto-Lei em Outubro de 1989.
Dada a importância que têm vindo a assumir os vinhos provenientes desta grande região vitivinícola, quer do ponto de vista tecnológico, quer a nível econômico, foi reconhecida em 9 de Novembro de 2006 a Denominação de Origem Trás-os-Montes, bem como as suas sub-regiões "Chaves", "Planalto Mirandês" e "Valpaços", alargando-se esta designação a uma maior variedade de vinhos e outros produtos do sector vitivinícola, designadamente a vinhos espumante e vinho licoroso, bem como a aguardentes bagaceira e de vinho ali produzidos.

O Vinho: Cor palha esverdeada, bem clara. Delicado aroma floral e de frutas brancas. Leve na boca, com boa acidez e mineralidade. É um vinho simples, porém bem feito, destinado para o dia-a-dia. Se não me engano, custa menos de 3 euros com o produtor.

19 de dez. de 2011

Vinhos e Filmes Através dos Anos – De Hitchcock a Bottle Shock - 1

Levar uma garrafa do seu vinho preferido em uma sala de cinema  não parece ser uma boa ideia, não da para “pagar a taxa de rolha” e ir entrando. Contudo o problema pode ser resolvido com uma reprise na televisão ou um pulo na locadora mais próxima. E quais filmes combinam com vinho? – Ora, aqueles em que ele é parte fundamental da trama!


O primeiro Filme da série intitulada “Vinhos e Filmes Através dos Anos – De Hitchcock a Bottle Shock” é um clássico:

Notorious (1946):

Título em Português: Interlúdio
Direção: Alfred Hitchcock
Atores: Cary Grant, Ingrid Bergman, Claude Rains, Louis Calhern

Sinopse: Após seu pai alemão ser condenado como espião, uma jovem mulher (Ingrid Bergman) passa a se refugiar em bebida e homens. É assim que se aproxima de um agente do governo (Cary Grant), que pergunta se ela concorda em ser uma espiã americana no Rio de Janeiro, onde nazistas amigos do pai dela estão operando. Ela acaba se casando com um espião nazista, mas se apaixona pelo seu contato no governo americano.

O mestre do suspense escondeu a peça chave do mistério em uma garrafa de Pommard 1934, derrubada acidentalmente por Cary Grant. A seguir, a cena:





17 de dez. de 2011

Sileni Pinot Noir Cellar Selection 2009

A Nova Zelândia vem, ao longo dos anos, se destacando como um dos países do Novo Mundo que produz os melhores exemplares desta caprichosa uva fora da Borgonha. Cultivada tanto na ilha sul, com o clima mais frio e recomendado para a Pinot Noir, salientando-se a região de Central Otago, considerada a melhor do país para a variedade, o exemplar degustado neste caso era de Hawke’s Bay, região localizada na costa leste da ilha norte, o que pode ter contribuído para uma leve nota doce/marmelada no vinho.


O Vinho: Cor típica de Pinot Noir, rubi translúcido. No nariz, morango, cereja e leve nota terrosa. Na boca, apresentava frutas vermelhas, especiarias, e a nota doce, de geléia, mencionada anteriormente, que acabou balanceada por uma acidez elevada, com final de boca médio-curto.

É um bom vinho, que entrega características da casta. Custa uns R$ 70 reais, meio caro, (achar algum PN bom e barato é tarefa impossível aqui no Brasil!) entretanto, nessa faixa de preço, é uma boa opção da variedade no Novo Mundo.

13 de dez. de 2011

Bodegas López de Heredia: Um Grande Tesouro do Mundo do Vinho! (Viña Bosconia 1976)

História
Durante o final do século XIX, os vinhos da região de Rioja passaram a desfrutar de grande fama internacional e sua demanda não parava de aumentar, o motivo, ou melhor, a culpada? - Atendia pelo nome de Dactylosphaera vitifoliae, também conhecida como Phylloxera.

Enquanto plantações na França, Portugal e em algumas partes da Espanha definhavam por causa do minúsculo inseto, Rioja permaneceu intocada por quase 40 anos. Foi no início desse período, em busca de um local ainda não atacado pela praga, que diversos vinhateiros franceses se instalaram na região, trazendo na bagagem conhecimento, experiência e dinheiro. Essa combinação proporcionou um ambiente perfeito para o surgimento de novas Bodegas e contribuiu substancialmente para o aprimoramento das técnicas utilizadas pelos produtores locais. 


Tradição
Em 1877, acompanhando os passos e as práticas dos franceses, Don Rafael López de Heredia y Landeta fundou, na cidade de Haro, região de Rioja Alta, sua Bodega. Ao longo de seus quase 135 anos, os padrões, técnicas e até mesmo alguns utensílios usados na produção dos vinhos permaneceram inalterados. A atual geração da família se manteve fiel à tradição e não se rendeu aos modismos impostos pelo mercado, sedento por vinhos potentes, encorpados e prontos para beber. Os López de Heredia só adotam uvas de vinhedos próprios e fermentam com leveduras indígenas, o envelhecimento em madeira percorre longos anos e são eles que fabricam e recondicionam os barris, e o engarrafamento é feito sem filtragem. Todos esses elementos combinados expressam fielmente o estilo clássico dos Riojas produzidos há mais de um século.


O Vinho: R. López de Heredia Rioja Gran Reserva Viña Bosconia 1976
Oriundo de um vinhedo chamado El Bosque, situado perto do rio Ebro, as vinhas crescem em solo argilo-calcário, ladeadas pela magnífica Sierra Cantabria. Concebido a partir de um corte 80% Tempranillo, 15% Garnacho, e o restante de Mazuelo e Graciano, o vinho é simplesmente fantástico! 


Sua cor era rubi granada com tons atijolados. Os aromas evoluíam a cada instante, no início, toques terrosos e de couro, que abriram para notas herbáceas, florais e de frutas vermelhas (cereja e morango). Paladar complexo, com alcaçuz, frutas vermelhas, cogumelos e toques minerais, corpo médio, com uma acidez e frescor impressionantes e ótima persistência.

Vinho magnífico, clássico e incomum! Adquirido no exterior, atualmente seu preço varia entre $200 e $250 dólares, sendo que safras mais recentes podem ser encontradas abaixo dos $100. Recomendo Muito!

8 de dez. de 2011

Chateau de Fontlade Cuvée Saint Qvinis Rosé 2009

Rosé produzido pelo Domaine de Fontlade, na AOC Coteaux Varois en Provence. Feito de um corte 50% Cinsaut e 50% Grenache, suas vinhas crescem em solos argilo-calcários a uma altitude aproximada de 300 metros acima do nível do mar.


Sua cor salmão era intensa e vibrante. Nariz fresco e aromático, com notas de frutas vermelhas e frutas brancas maduras. Na boca, as frutas vermelhas eram evidentes, com destaque para o morango, contando ainda com uma excelente estrutura e acidez.

Bom vinho, custa uns R$ 60 reais e é uma ótima opção para o verão!

7 de dez. de 2011

Knappstein Hand Picked Riesling Clare Valley 2007

Mais um branco Australiano, 100% Riesling da região de Clare Valley, famosa por produzir alguns dos melhores exemplares do país. De acordo com o site do produtor, os cachos são colhidos a mão e lentamente prensados e fermentados em baixas temperaturas, colaborando para preservar a pureza da fruta.



Na taça apresentou típica cor palha esverdeada. Nos aromas, frutas cítricas, notas florais, minerais e o inconfundível, polêmico e delicioso “petroláceo”, tudo muito bem integrado. Boca com acidez bem pronunciada, grande mineralidade, untuoso e de boa persistência. 

Ótimo vinho, custa por volta de R$ 70 reais e é um excelente representante da Riesling no Novo Mundo.

2 de dez. de 2011

VIDEO – FOUR SEASONS AT GUIGAL, 3ª E ÚLTIMA PARTE

No Videopost de hoje, vocês conferem a 3ª e última parte da série que documenta um ano de trabalho na magnífica propriedade dos Guigal. Para quem ainda não viu os dois primeiros posts com os vídeos, eles podem ser acessados nos links a seguir: 1ª Parte e 2ª Parte.



1 de dez. de 2011

Chateau de La Dauphine desta vez um 2004

Na semana passada falei sobre o Chateau de La Dauphine 2002 e hoje comento sobre o 2004. Os dois foram abertos exatamente um dia antes de seus respectivos posts e o curioso neste caso é a inevitável comparação das duas safras. Abaixo, novamente a avaliação do 2002 e já adianto que o 2004 estava muito superior!

Chateau de La Dauphine 2002: “De cor rubi púrpura, seus aromas estavam contidos no início, após algum tempo na taça revelaram-se frutas negras, especiarias e um toque mineral. Boca com acidez e álcool bem equilibrados, frutas negras, leve herbáceo e corpo médio.”

Não achei nenhuma tabela com as avaliações das safras de Fronsac, porem em St. Emilion e Pomerol, duas regiões próximas, 2004 leva uma ligeira vantagem e no caso do La Dauphine a diferença ficou evidente. 


Na taça o Chateau de La Dauphine 2004 tinha uma cor mais profunda e concentrada. O nariz, meio tímido no irmão mais velho, aqui deu um show: muito aromático desde o início, com toques de couro, caramelo, tostado e especiarias. Boca idem, um pouco mais encorpado, taninos redondos, complexo, com acidez e álcool perfeitos.

Como já disse no post anterior, ele custa por volta de $17 dólares no exterior, preço muito justo, ainda mais depois de provar esse 2004. Recomendo!

30 de nov. de 2011

EMILIANA NOVAS WINEMAKER'S SELECTION SYRAH- MOURVÈDRE 2005

A vinícola Emiliana foi fundada em 1986 por Rafael e José Guilisaste, que adquiriram terras em diversas regiões ao redor do Chile em busca dos melhores terroirs para cada tipo de uva. No final da década de 90, cientes de que as pessoas estavam cada vez mais atentas em relação à maneira de como os produtos que consumiam eram produzidos, convidaram o enólogo e consultor Alvaro Espinoza para ajudá-los a converter parte de seus vinhedos em orgânicos e biodinâmicos. Ao final do processo, que em alguns casos pode levar anos, a Emiliana se tornou uma das maiores vinícolas orgânicas e biodinâmicas do Chile.


Inspirado em um corte muitas vezes visto no sul da França, essa combinação de Syrah e Mourvèdre foi muito bem adaptada para o Valle de Colchagua. A Syrah todo mundo já conhece, então aqui vai uma “minibio” da Mourvèdre: nativa da Espanha, onde é chamada de Monastrell, foi levada na Idade Média para a Provence e até o ataque da Phylloxera no final do século XIX era uma das variedades mais plantadas da região.

No nariz o Novas Syrah- Mourvèdre apresentou aromas minerais, terrosos e de especiarias. Boca com leve toque herbáceo, especiarias, bem equilibrada, apesar dos 15% de álcool. Bom vinho de um corte inusitado, custa por volta de R$ 100 reais, um pouco caro para o que entrega.

29 de nov. de 2011

THOMAS MITCHELL CHARDONNAY 2008

Chardonnay produzido pela vinícola Mitchelton, da região de Victória, localizada no sudeste Australiano.


Cor amarelo palha com tons esverdeados, aromas de frutas cítricas e tropicais e sutil toque de madeira. No princípio achei um pouco alcoólico(14%) no paladar, sensação que logo sumiu, deixando caminho livre para toques cítricos, florais, leve amanteigado e correta acidez.

 
Chardonnay do Novo Mundo bom e relativamente barato, por volta de R$ 40 reais na Wine Society.

28 de nov. de 2011

NIETO SENETINER - BONARDA PARTIDA LIMITADA 2002

Outro vinho topo de gama feito para alcançar altas pontuações, desta vez um argentino “usando armadura” 100% Bonarda. Produzido em Alto Agrelo, Luján de Cuyo – Mendoza, de vinhas de mais de 30 anos, passou por barris de carvalho francês de primeiro uso por 18 meses e estampa em seu desnecessário, porém bem feito e chamativo rotulo metálico 13% de álcool.


Sobre o vinho: o Bonarda Partida Limitada 2002 tinha uma cor rubi escura bem intensa.  No nariz: tabaco, baunilha e frutas negras. Boca encorpada, boa acidez, complexo, percebia-se notas de chocolate, baunilha e novamente frutas negras, com persistência média-longa.

Apesar de não fugir do estilo moderno/potente dos vinhos Argentinos, ele já estava bem “domado” depois de quase 10 anos na garrafa. O contra rótulo cita que 2002 é considerado um ano excepcional para a variedade e que o vinho levou “Gran Medalla de Oro” na Vinitaly 2003. Esse Bonarda em particular acabou surpreendendo, acho que valeria, até como curiosidade, colocá-lo como coringa em uma degustação às cegas de top’s argentinos.

Custa por volta de R$ 90 reais, e pode ser uma boa opção aos Malbecões carimbados de sempre.

25 de nov. de 2011

WINEMAKER’S LOT – VIOGNIER 2007

Procurei informações sobre essa linha de vinhos no site da Concha y Toro e não achei nada, o curioso foi notar que existe um Viognier Casillero del Diablo do mesmo D.O. (Valle de Casablanca) do Winemaker’s Lot. Talvez essa marca tenha sido criada exclusivamente para o mercado de língua inglesa, mas acabou pegando por aqui, creio também que neste caso o Winemaker’s Lot tenha uma passagem maior por madeira.


Na taça era untuoso e exibia bonita cor amarelo-dourada. De início o nariz era um pouco alcoólico, abrindo para aromas florais e de pêssego. Denso na boca, boa acidez e leve mineral. Vinho gostoso, custou uns R$ 35 reais em promoção.

24 de nov. de 2011

VIDEO – FOUR SEASONS AT GUIGAL, 2ª Parte

O post da semana retrasada, no qual divulguei a primeira dica de video do blog fez tanto sucesso que outros também já replicaram! Mesmo que você não domine muito bem o inglês, vale a pena assistir, abra um bom vinho do Rhône e confira abaixo a 2ª Parte:



Documentário produzido pelos Guigal e realizado por Vinimage.

CHATEAU DE LA DAUPHINE 2002

O Chateau de La Dauphine fica localizado na AOC Fronsac, a oeste de Saint Emilion. Pertence a Jean Halley, empresário francês que comprou a propriedade da família Moueix em 2001. Após a aquisição, os Halley (Jean e seu filho Guillaume) fizeram grandes investimentos na renovação das vinhas, do Castelo (transformado em um agradável espaço para receber os visitantes) e na construção de uma nova adega.

A propriedade se estende por 20 hectares de solo argilo-calcário, a idade média dos vinhedos é de 33 anos e a produção do La Dauphine (1º vinho) gira em torno de 80.000 garrafas por ano. 


O Vinho: O Chateau de La Dauphine é envelhecido em barris de carvalho por 12 meses, dos quais 1/3 são novos e leva em sua composição 80% Merlot e 20% Cabernet Franc. De cor rubi púrpura, seus aromas estavam contidos no início, após algum tempo na taça revelaram-se frutas negras, especiarias e um toque mineral. Boca com acidez e álcool bem equilibrados, frutas negras, leve herbáceo e corpo médio.

Bom vinho, de uma AOC não muito conhecida, e que tem um preço (cerca de $17 dólares lá fora) bem razoável.

23 de nov. de 2011

Capel Vale – Verdelho 2003 “WESTERN AUSTRÁLIA”

Verdelho na Austrália! Isso mesmo, curiosamente essa uva Portuguesa (também plantada em larga escala na Ilha da Madeira) é cultivada há muito tempo por lá e se adaptou muito bem na parte Ocidental do país. 

Levada para a Austrália em 1829 pelo botânico inglês Thomas Waters, um dos primeiros colonos do "Swan Valley", a Verdelho foi plantada inicialmente na  fazenda “Olive Farm”, fundada por Thomas e em funcionamento até hoje, sendo considerada a vinícola mais antiga daquela região.


Verdelho
Vamos ao vinho: Apesar de ter sido aberto bem depois do recomendado, não foi notada nenhuma sensação de “vinho passado”, pelo contrário, estava extremamente agradável. No visual apresentava uma forte cor dourada. Nariz era muita fruta tropical, algo como abacaxi e manga e também um toque de damasco. Boca idem, bem redondo, mantendo ainda uma tímida acidez, persistência média/longa.


Boa dica para quem quer variar e experimentar algo diferente dos Chardonnays e Sauvignon Blancs que entopem o mercado, não sei se esse produtor ainda conta com importação aqui para o Brasil. Comprado em uma promoção por razoáveis R$ 37 reais (custava R$ 75 !!!).

22 de nov. de 2011

YACOCHUYA M. ROLLAND 2001

Malbec Argentino (às vezes soa como pleonasmo) “fruit bomb” com 10% de Cabernet Sauvignon em sua composição. Produzido pela bodega San Pedro de Yacochuya, resultado da parceria de Arnaldo Etchart com o cultuado enólogo francês Michel Rolland, a propriedade foi fundada depois que os Etchart venderam sua vinícola para a Pernod Ricard em 1996.


 Instalada nos Valles Calchaquíes em Cafayate, Salta, a 2035 metros acima do nível do mar, as vinhas que produzem o Yacochuya M. Rolland tem mais de 60 anos de idade e sua produção gira em torno de 27.000 garrafas por ano. A propriedade também elabora outros dois vinhos: San Pedro de Yacochuya Tinto, 85% Malbec e 15% Cabernet Sauvignon, que pode ser apelidado de irmão mais novo do Yacochuya M. Rolland, e o San Pedro de Yacochuya Torrontes, 100% Torrontes de vinhas de 50 anos.

Sugiro a quem resolver desarrolhar um dos dois tintos, decantá-los por no mínimo 1 hora, ambos são potentes e densos e não são filtrados. O Yacochuya M. Rolland não é um vinho que agrada todo mundo, ainda mais com seus exagerados 16% de álcool e sua super-concentração. Atualmente não faço muita questão de tomá-lo, porém em um dia bem frio uma exceção foi aberta para esse 2001. Sua cor é bem escura, praticamente impenetrável, no nariz muita fruta madura, amora, alcaçuz e na boca é muito encorpado, denso, notando-se frutas negras e uma nota tostada.

21 de nov. de 2011

Domaine d'Escausses – Cuvée La Vigne Blanche 2007

A foto está correta, o Cuvée La Vigne Blanche é na realidade um tinto! O Domaine d'Escausses fica na AOC Gaillac, uma das regiões produtoras mais antigas da França.

No contra rótulo estava escrito que 20% do vinho passa por estágio de 12 meses em madeira e leva em sua composição as uvas Syrah, Braucol e Duras, as duas ultimas autóctones da região.
 

Sua cor era bem intensa, o nariz de início não me agradou, tinha um toque vegetal (sous-bois?) que praticamente encobria todo o resto. Deixei o vinho na taça respirando por aproximadamente 1 hora e para minha surpresa os aromas abriram para baunilha e frutas negras. Boca encorpada, taninos presentes sem incomodar, novamente baunilha e frutas negras, juntamente com um vegetal, que neste caso não desagradou, pois estava muito bem integrado com o resto. Bom vinho, importado pela La Cave Jado!

Recomendo decantá-lo por no mínimo 1 hora.

19 de nov. de 2011

Viña Maipo Brut

Espumante Brut da Viña Maipo (pertencente ao conglomerado Concha y Toro), elaborado com 40% Chardonnay, 40% Riesling e 20% Chenin Blanc.


Feito pelo método Charmat, tem típica cor amarela com reflexos esverdeados e borbulhas bem finas. Nariz muito gostoso e peculiar, bem fresco e mineral, a Riesling aqui faz toda a diferença e quem já conhece seus aromas característicos, consegue percebê-la na composição quase que de imediato. Na boca a Riesling também se sobressai em relação às outras duas uvas, com uma acidez bem destacada e um toque de maçã verde bem gostoso.

Espumante chileno agradável e bem feito!

17 de nov. de 2011

De Lucca – Marsanne Reserva 2009

Vinícola Uruguaia da região de Canelones comandada por Reinaldo de Lucca, que também é o enólogo da propriedade.



Seu Marsanne Reserva era bem fresco, com um nariz floral um pouco fechado. Na boca tinha uma boa estrutura e acidez. Um vinho sem grandes pretensões, simples, mas bem feito. Creio que não tenha custado mais de R$ 40 reais na importadora Premium.

15 de nov. de 2011

Vinhos Verdes – VINÍCOLA ESTREIA



Em uma degustação realizada no Rascal pelo Blog do Jeriel, tive a oportunidade de experimentar alguns vinhos da vinícola ESTREIA. A DOC Vinhos Verdes fica localizada na região do Minho, à noroeste de Portugal, onde são produzidos brancos, tintos, rosés e espumantes. As características que marcam a maioria dos vinhos produzidos na região são sua baixa graduação alcoólica, sua marcante acidez e uma discreta presença gasosa, chamada de “picos” ou “agulhas”.



 Seu Vinho Verde Estreia Branco assim que foi derramado na taça apresentou leve efervescência, confirmando o que foi dito acima e uma bonita cor esverdeada. Nariz floral e de frutas cítricas e na boca bem refrescante, frutado, com ótima acidez e mineralidade. Suas uvas são: 85% Loureiro, 7,5% Trajadura e 7,5% Arinto.








 O Estreia Rosé tinha cor salmão muito bonita e pequenas borbulhas. No nariz era muito fresco, aromas de frutas vermelhas com destaque para morango e cereja. A boca confirmava o nariz e aqui o morango era ainda mais presente. Vinho muito bom, leve e refrescante! As uvas: 60% Vinhão, 30% Borraçal e 10% Espadeiro.

11 de nov. de 2011

Pinord – Reynal “Vino de Aguja” 2010


Vinho espumante da linha mais simples da Bodegas Pinord, empresa familiar presente em diversas regiões da Espanha e que exporta para mais de 45 paises ao redor do globo.

Feito com as principais uvas utilizadas nos Cavas (sim é NOS Cavas), na proporção de: 30% Macabeo, 40% Xarel-lo e 30% Parellada, é produzido pelo método Charmat, em que a segunda fermentação ocorre em tanques de aço inoxidável e não na garrafa.



 Cada uva contribui com uma característica na elaboração do espumante, neste caso em se tratando de um vinho simples é forçar a barra ficar procurando aromas disso e daquilo no copo. No geral e levando em conta o preço, uns R$ 14 reais, o vinho é gostoso, tem uma bonita cor amarela esverdeada, as borbulhas preenchem a boca e seu aroma e sabor são refrescantes e agradáveis, só no inicio achei um pouco perfumado de mais para o meu gosto, mais isto é pessoal, vai de cada um. Bom para o verão, na beira da piscina ou na praia.

9 de nov. de 2011

Cono Sur - 20 Barrels Cabernet Sauvignon 2003

Da linha premium da Cono Sur intitulada 20 Barrels, que também conta com outros varietais: Sauvignon Blanc, Chardonnay, Pinot Noir, Merlot e Syrah. Vinho produzido para ganhar notas altas, bem feito, naquele estilo encorpadão, que os 8 anos de garrafa ajudaram a dar uma amaciada.

                         
Com uvas provenientes do Vale do Maipo e estagio de 12 meses em carvalho, é um típico Cabernet bem feito do Chile. No nariz ameixa, amora e especiarias, a madeira ainda é presente, porém sutil. A boca confirma o nariz e como já foi dito antes, seus 8 anos deram uma suavizada na criança, finalizando com uma boa persistência.

Não custa barato, em torno de R$ 95 reais, se aparecer em “Sale” na Expand acaba valendo o que entrega.

8 de nov. de 2011

Video - Four Seasons at Guigal, 1ª Parte

O primeiro vídeo lançado aqui no blog é o início de três partes que mostram um dos mais famosos produtores do Rhone: E. Guigal. Vídeo narrado e legendado em inglês.  


E. Guigal Chateau d’Ampuis fica localizado no norte do Vale do Rhone, no pequeno vilarejo de Ampuis a cerca de 30 minutos ao sul de Lyon. A vinícola foi fundada por Etienne Guigal em 1946 depois de ter trabalhado por 15 anos na centenária Vidal-Fleury, que ironicamente foi comprada pelos Guigal em 1984 e é administrada como uma companhia independente.

                                              Chateau d’Ampuis

Sendo ambos “domaine” e “negociant”, ou seja, vinificam as uvas dos vinhedos de sua propriedade e também compram de outros produtores localizados em todo o Vale do Rhone, finalizando, envelhecendo e engarrafando em Ampuis, acabam assim produzindo vinhos de quase todas as AOCs do Rhone: Condrieu, Hermitage, Croze-Hermitage, St. Joseph, Tavel, Chateauneuf-du-Pape, Gigondas e Côtes du Rhone.

Atualmente quem comanda a empresa é Marcel Guigal e seu filho Philippe, que cultivam os vinhedos de maneira orgânica, sem uso de qualquer tipo de fertilizante químico. A colheita é realizada tarde, com o objetivo de ter uvas no ponto mais maduro possível, além disso, o rendimento é extremamente baixo.

                                         Marcel e Philippe Guigal

Comento depois com mais detalhes a cereja do bolo dos Guigal, a AOC Cote-Rotie, algo como “Encosta-Assada”, que produz os caros e pontuados La Landonne, La Mouline e La Turque, conhecidos também por La La’s.

                                                    Cote-Rotie 

Markus Schneider - Sauvignon Blanc 2005

Em 1990, Klaus Schneider foi surpreendido por uma oportunidade única, comprar uma antiga vinícola  para seu filho Markus, que só queria uma coisa na vida: fazer vinho! Ele aprendeu o ofício de 1991 a 1994 na famosa propriedade Dr. Burklin-Wolf e lançou as primeiras garrafas da recém-fundada Markus Schneider Winery no mercado em 1994. Os 50 hectares em Pfalz são manejados para fornecerem baixo rendimento e colhidos manualmente. Seus vinhos brancos permanecem em contato com as leveduras até pouco antes de serem engarrafados doando-lhes um complexo espectro de aromas.

Seu Sauvignon Blanc 2005, apesar de já carregar 6 anos nas costas era muito aromático no nariz (maçã e frutas cítricas),  e no paladar ainda entregava certa acidez e mineralidade. Vinho muito bom e bem feito, custa cerca de 10€ no exterior.