26 de dez. de 2011

Lhéngua Mirandesa Branco 2008

Você sabia que Portugal tem uma segunda língua oficial? Chama-se Língua Mirandesa (Lhéngua Mirandesa) e é ela que batiza o vinho deste post, produzido pela Cooperativa Agrícola Ribadouro em Sendim.


A Lhéngua Mirandesa:

A Língua Mirandesa, ao contrário do que muitos pensam, não é uma mistura do Português com o Castelhano. Esta descende directamente do latim popular, tal como as anteriores, sendo um dos ramos do Leonês, mas por ter ficado isolada evoluiu de uma forma diferente.
O mirandês era inicialmente uma língua oral, principalmente falada no trato diário e no comércio local, por lavradores, boieiros e pastores. Marcada por uma grande rusticidade, esta língua é sobretudo uma língua do trabalho, do campo, do lar e do amor entre os Mirandeses.
Nos anos 80 foi criada, nas escolas do 2ºciclo do ensino básico, de Miranda do Douro e de Sendim, uma disciplina opcional de Língua Mirandesa, para incentivar a população a não deixar de falar o Mirandês, sobretudo as camadas mais jovens, de modo a que se abandonasse a ideia de que esta forma de comunicação era sinal de incultura.
Esta língua começou por ser um dialecto, que nos finais dos anos 90 foi elevada a segunda língua nacional de Portugal.
“Reconhecimento oficial dos direitos linguísticos da Comunidade Mirandesa”, Lei da Assembleia da República nº7/99 de 29 de Janeiro, Diário da República, I SérieA, nº24 de 29/01/1999, p. 544.
A partir da elevação do Mirandês a segunda língua nacional criou-se uma Convenção Ortográfica e publicaram-se várias obras em Mirandês incluindo um Dicionário Mirandês/Português, sendo a mais recente um dos livros da colecção Asterix. Colocaram-se pelo concelho de Miranda várias placas toponímicas em Mirandês. Igualmente dentro do Centro histórico da Cidade foram colocadas placas toponímicas em todas as ruas e monumentos quer históricos, religiosos e notáveis.

Fonte: http://mirandadodouro.jfreguesia.com



A seguir, imagem do contra-rótulo, com pequeno texto em Língua Mirandesa e sua tradução para o Português.


DOC Trás-os-Montes:


Segundo alguns investigadores, a cultura da vinha na região de Trás-os-Montes remonta ao tempo dos romanos.
Os solos, de feição planáltica, são formados predominantemente por xistos pré-câmbricos e arcaicos, com algumas manchas graníticas e, numa pequena área, manchas calcárias, de gneisses e aluvião.
As condições edafo-climáticas da região favorecem a produção de vinhos de elevada qualidade, salientando-se os VQPRD provenientes de Chaves, do Planalto Mirandês e de Valpaços, cuja designação foi reconhecida por Decreto-Lei em Outubro de 1989.
Dada a importância que têm vindo a assumir os vinhos provenientes desta grande região vitivinícola, quer do ponto de vista tecnológico, quer a nível econômico, foi reconhecida em 9 de Novembro de 2006 a Denominação de Origem Trás-os-Montes, bem como as suas sub-regiões "Chaves", "Planalto Mirandês" e "Valpaços", alargando-se esta designação a uma maior variedade de vinhos e outros produtos do sector vitivinícola, designadamente a vinhos espumante e vinho licoroso, bem como a aguardentes bagaceira e de vinho ali produzidos.

O Vinho: Cor palha esverdeada, bem clara. Delicado aroma floral e de frutas brancas. Leve na boca, com boa acidez e mineralidade. É um vinho simples, porém bem feito, destinado para o dia-a-dia. Se não me engano, custa menos de 3 euros com o produtor.

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